Ao ligar o computador e acessar o site do Sistema de Seleção Unificada (SISU), nesta quarta-feira (06), a piauiense Rayssa Nascimento, de 19 anos, viu todo o seu esforço sendo recompensado. Ela foi aprovada no curso superior dos seus sonhos: Medicina. Para isso, a jovem, que reside no povoado Serra Vermelha, zona Rural de Paulistana, no Sudeste do estado, montou uma rotina e passou a estudar em casa por conta própria.
A estudante, aprovada na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Minas Gerais, conta que desde pequena se imaginava como médica. “Nas séries finais do fundamental, comecei a procurar outras carreiras. Dizia que seria engenheira, arquiteta… E, por algum tempo, realmente cogitei fazer engenharia biomédica. Mas acho que no fundo eu só tinha medo de dizer que queria medicina, pois sabemos da dificuldade do curso”, disse ao Portal ClubeNews.

Sobre a rotina de estudo, a paulistanense conta que a maior dificuldade que enfrentou foi estabelecer uma disciplina. “Eu tenho internet, computador e não tinha muitos afazeres em casa, mas como eu era minha própria ‘mentora’, precisava evitar ao máximo a procrastinação”, lembrou a estudante, que continua: “o que eu fazia era basicamente organizar minha semana, separar aulas, exercícios e simulados”.
Rayssa foi aluna do Instituto Federal do Piauí (IFPI), onde estudou no ensino médio e conheceu alguém muito importante para a tão desejada aprovação, a professora de redação Marli Damasceno. “Lembro que a minha primeira nota na redação foi 600 pontos. Com o tempo, fui melhorando muito, e ela (Marli) disse ‘seus textos melhoraram em 300%’. Fiquei muito feliz. Consegui tirar 940 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) quando estava no 2º e 3º ano e 980 neste ano que fui aprovada”, comentou.

Nos próximos meses, a jovem estará alçando voo para Uberaba, município no interior de Minas Gerais, para estudar na UFTM. A mudança vai ser um desafio para ela, mas com o apoio da mãe e da avó, Rayssa não pretende perder essa oportunidade.
“Os próximos passos ainda são meio incertos. O que sei é que o início não vai ser fácil. Voltei para Serra Vermelha desde o início da pandemia da Covid-19, então estou muito acostumada aqui. Mudar para outro estado vai mexer muito comigo, mas sei que vai valer a pena”, expressou a piauiense. Reportagem: Portal Clube News










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