Em coletiva de imprensa, Tedros Adhanom alertou países sobre impactos da Ômicron na exaustão dos profissionais de saúde e pediu maior igualdade de recursos
Os impactos atuais da variante Ômicron em marcar diversos recordes de novos casos de Covid-19 globalmente fizeram com que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmasse que a pandemia “não está nada perto de acabar”.
A declaração de Adhanom, feita durante coletiva de imprensa na terça-feira (18), veio acompanhada de preocupações do pesquisador acerca do surgimento de novas variantes do SARS-COV-2.
Ele destacou o trabalho de monitoramento e disse que mais de 7 milhões de sequenciamentos genéticos de 180 países foram encaminhados para o GISAID, uma plataforma global que reúne dados genômicos de mutações da gripe e do novo coronavírus.
“A pandemia não está nada perto de acabar, e com o rápido crescimento da Ômicron globalmente, novas variantes devem surgir, o que mantém o rastreamento e o monitoramento como essenciais”, afirmou Tedros.
O diretor da OMS também destacou a exaustão dos profissionais de saúde e possíveis picos de mortes em países cuja vacinação ainda não avançou. “Não se enganem, a Ômicron está causando hospitalizações e mortes”, destacou.
“O número de mortes permanece estável no momento, mas estamos preocupados com o impacto que a Ômicron já tem nos profissionais da saúde, que estão exaustos, e nos sistemas de saúde sobrecarregados”.
“Também permaneço muito preocupado sobre os diversos países com baixas taxas de vacinação, já que as pessoas estão sob um risco muito maior de evoluir para uma doença grave e à morte caso elas não estejam vacinadas”, declarou.
Novamente, Adhnom voltou a debater sobre a desigualdade no acesso a vacinas e medicamentos aprovados pela OMS contra a Covid-19.
“Estou preocupado que, ao menos que mudemos o modelo atual, entremos em uma segunda fase ainda mais destrutiva de desigualdade na vacinação”, disse. “Só poderemos vencer esse vírus se trabalharmos juntos e compartilharmos ferramentas de saúde de forma igualitária. É simples assim”. (Fonte: CNN Brasil – Imagem: Denis Balibouse Reuters)
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